
Os Estados-membros aprovaram um documento com 12 passos para reduzir o impacto das doenças crónicas na União Europeia, que leva em conta as “diferentes conjunturas nacionais” e pretende envolver os cidadãos em risco e os com doença crónica.
O documento foi anunciado na conferência final do JA-CHRODIS (Ação Conjunta Europeia nas Doenças Crónicas e na Promoção do Envelhecimento Saudável), realizada recentemente em Bruxelas.
A partilha dos melhores exemplos e a necessidade de levar em conta as particularidades de cada país, como o caso de Portugal, onde existe uma grande prevalência de idosos com mais do que uma doença, foram abordados neste encontro.
O documento dos 12 passos para reduzir o impacto das doenças crónicas foi apresentado pelo coordenador do JA-CHRODIS, Carlos Segovia, que o classificou como uma “ferramenta prática para inspirar e guiar profissionais de saúde e decisores políticos na promoção do envelhecimento saudável e na prevenção, gestão e tratamento das doenças crónicas”.
Os passos têm em consideração as diferentes conjunturas nacionais, realçando a conceção, monitorização e avaliação de projetos, o envolvimento dos cidadãos em risco e dos cidadãos com doença crónica, a educação e a formação, a colaboração intersectorial, a boa governança, a equidade, entre outras recomendações.
As doenças crónicas representam 70% a 80% do orçamento para a saúde na União Europeia.
Segundo o Comissário Europeu para a Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, “mais de meio milhão de cidadãos europeus em idade ativa morre prematuramente por causa das doenças crónicas”. “Isto representa um custo elevado, quer para a sociedade, quer para a economia – 115 biliões de Euros gastos na perda de produtividade e na despesa dos sistemas nacionais de saúde”, informou.