Primeiro implante de um coração artificial definitivo em Portugal

O Hospital de Santa Marta, em Lisboa, realizou o primeiro implante de um coração artificial definitivo em Portugal. O doente, de 64 anos, terá alta em 15 dias.

A cirurgia durou três horas e foi efetuada, na segunda-feira, num homem de 64 anos com doença renal grave, o que impedia um transplante com coração de dador, explicou o cirurgião José Fragata, esta terça-feira, em conferência de imprensa.

Se o pós-operatório decorrer como previsto, o doente terá alta em 15 dias, acrescentou.

Ainda de acordo com o cirurgião, o coração artificial definitivo implantado impulsiona o sangue cinco mil vezes por minuto e tem uma bateria recarregável, como acontece com os telemóveis. No mundo há cerca de 1200 aparelhos e cada um custa cem mil euros.

Com o coração artificial a esperança média de vida aumenta entre 10 e 12 anos e o paciente poderá fazer a sua vida normal, “exceto mergulho”, referiu o cirurgião que liderou a equipa.

Ainda de acordo com José Fragata, há 20 a 30 pessoas à espera de transplante de coração, das quais 4 a 6 são candidatas a este tipo de coração artificial. Um paciente já viu aprovado o procedimento e aguarda a marcação da data do implante.

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, considerou esta cirurgia como um facto inédito, segundo declarações proferidas na 6.ª Conferência “Sustentabilidade na saúde 4.0 – Investimento em saúde e impacto na vida laboral”, que decorre em Lisboa.

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